O envelhecimento é um processo inevitável, marcado por alterações fisiológicas e declínio funcional ao longo do tempo, o que aumenta a vulnerabilidade do organismo e favorece o surgimento de doenças com o avançar da idade
Nesta população, as quedas são comuns e bastante impactantes, podendo sinalizar a fragilidade do corpo o início de alguma doença aguda.
Apesar da crença popular, as quedas não são uma parte normal do processo de envelhecimento, nem são inevitáveis.
Consultas regulares ao oftalmologista, ajustes de medicações, ambientes domésticos seguros e atividade física regular estão entre os fatores que podem prevenir quedas.
É possível avaliar o risco de quedas de um indivíduo através de testes específicos feitos por um fisioterapeuta capacitado.
Na avaliação inicial, são analisados a mobilidade funcional, equilíbrio e força de membros inferiores, possibilitando a intervenção com o objetivo de melhorar a autonomia, independência e segurança.
Além disso, também são indicadas adequações no mobiliário do domicílio, como barras de apoio por exemplo; instruções sobre uso correto e indicação de dispositivos de auxílio como bengalas e andadores; bem como orientação quanto a escolha de calçados e vestuário mais seguros.
Se você tem interesse na avaliação para analisar o risco de quedas, clique aqui.
As prescrições de exercícios para prevenção de quedas devem ser personalizadas e monitoradas como qualquer outro tratamento médico.
As diretrizes atuais recomendam um regime de exercícios multicomponente que inclua treinamento aeróbico, de resistência, de equilíbrio e de flexibilidade, por meio de atividades estruturadas.
Programas de exercícios personalizados têm se mostrado eficazes em ajudar idosos a manter suas capacidades funcionais, prolongando sua expectativa de vida e melhorando sua qualidade de vida, mesmo em idosos que nunca praticaram atividade física.
O treino com carga progressiva, incluso nos exercícios multicomponente, são indispensáveis à população idosa, especialmente para aqueles com fragilidade, sarcopenia ou osteoporose.
Intervenções de exercícios multicomponentes que incluem tarefas cognitivas melhoram significativamente as características da fragilidade (baixa massa corporal, força, mobilidade, nível de atividade física e energia) e da função cognitiva, prevenindo quedas e otimizando a capacidade funcional durante o envelhecimento.
É importante ressaltar que o exercício apresenta características de dose-resposta e varia entre os indivíduos, necessitando de modalidades personalizadas, adaptadas a condições médicas específicas.
A programação sequencial de exercícios para indivíduos com fragilidade deve alinhar-se com os requisitos físicos necessários para a mobilidade.
O processo começa com o treino progressivo resistido, enfatizando movimentos básicos como levantar-se da posição sentada ou subir e descer degraus, pois são fundamentais para levantar o peso corporal e iniciar o movimento.
Após o desenvolvimento suficiente da força, o foco muda para exercícios de equilíbrio para manter a posição ereta. Por fim, o treinamento de resistência é introduzido para auxiliar na caminhada e em outras atividades diárias por longos períodos.
Essa progressão reflete as demandas naturais do movimento, minimizando o risco de quedas e promovendo uma caminhada segura.
Como podemos ver, a atividade física serve tanto como medicina preventiva quanto como agente terapêutico em estados patológicos.
O sedentarismo e níveis baixos de atividade física estão relacionados com o aumento da prevalência de doenças em populações em envelhecimento. Agende sua avaliação ou de seu familiar clicando aqui.